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O QUE FALTA NO ENSINO E APRENDIZADO DO XADREZ?

Uma vez que os métodos de ensinar e aprender foram alienados um do outro, faltam exercícios e problemas que treinam a mente para fazer a transição de uma posição e seu plano estratégico para outra posição e plano evitando denunciar nossas intenções.

Usando um jargão do Boxe, devemos golpear sem “telegrafar” nossos socos…

Isso também ocorre com o enxadrista amador cujos lances gerais são tão lentos que podem ser facilmente antecipados por um adversário mais forte.

Para corrigir isso, no LOCKING CHESS aplicamos a “Metaestratégia Matrioska”. Semelhante àquelas bonecas russas umas dentro das outras, ao longo da partida iremos colocar um plano miniatura dentro de um plano maior, dentro de um outro plano maior…

 

 

Portanto, são as transições de uma posição para outra e de um plano estratégico para outro, que permitem desenvolver os lances contínuos de apoio e sinergia entre as peças, evitando pendurar peças e deixar o Rei desprotegido, ações profiláticas que muitos Grandes Mestres fazem intuitivamente porque funciona.

VEJA COMO FUNCIONA.

Em nosso atual nível de habilidade o nosso pensamento subconsciente nos diz o que fazer em tal e tal posição e após cada lance. Então, fazemos o que sabemos, e nem sempre será a melhor escolha porque não sabemos o que ainda não entendemos. Assim, quando vemos um peão adversário avançando com a ameaça de ser promovido, automaticamente pensamos em bloqueá-lo e reagimos com pressa, muitas vezes cometendo excessos (mais sobre este “Erro do OVERTRAVEL” no próximo capítulo).

No entanto, se a situação mudar (afinal o adversário move suas peças com base em nossas ações e respostas também), então precisaremos mudar o que estamos fazendo, mas porque nosso cérebro já tomou uma decisão e nos comprometemos com um único plano estratégico, até completarmos essa decisão ou linha de raciocínio não faremos nenhum lance útil. Quando outro pensamento, tática ou plano estratégico entra na equação (por exemplo, quando precisamos fazer outro lance porque a posição situacional mudou), hesitamos porque só podemos fazer um lance por vez e não podemos desperdiçar o nosso turno de mover uma peça ou peão. E geralmente não haverá tempo suficiente para mudar se estivermos muito comprometidos com um plano antigo.

É assim que a mente nos sabota no xadrez e porque saber mudar de plano é uma habilidade crucial a ser desenvolvida no treinamento. O truque é criar uma “expectativa” no adversário e, no momento certo, alterarmos o resultado para pegá-lo de surpresa enquanto ele tenta se ajustar e responder aos novos estímulos que lhe enviamos.

Ao mover nossas peças para atacar várias peças e dominar várias casas simultaneamente, estamos fazendo apenas “uma coisa”: disputando uma partida de xadrez. Em outras palavras, o que chamamos de “ação simultânea” é algo que nós treinamos para fazer e não significa a chamada “multitarefa” (que é um mito). Então, se estamos dirigindo um carro enquanto nossos braços, pernas e olhos estão ocupados fazendo várias ações, na verdade “o corpo como um todo” está apenas dirigindo o carro. O mesmo para tocar piano e quaisquer outros instrumentos musicais e nos esportes e nas artes marciais. Isso ocorre tão naturalmente porque na realidade estamos fazendo apenas uma atividade de cada vez. Isso também é muito recorrente no xadrez. E para poder mudar e fazer outro lance quando uma situação muda, devemos treinar para antecipar a mudança e depois para sermos a causa dessa mudança. Em outras palavras, a capacidade de fazer a transição para mudar os planos é uma habilidade por si só. Esta é uma área na qual poucos enxadristas treinam porque a maioria não sabe que precisa ser treinada. E os poucos que têm consciência dela não sabem como treiná-la corretamente…

Muitas vezes nem sempre se trata de abandonar um plano, mas de insistir para que ele funcione, forçando o adversário a abrir espaço, seja adicionando ameaças ou subtraindo casas entre outras táticas.

“O XADREZ É 99% TÁTICAS”…

No entanto, o 1% restante depende de um plano estratégico versátil para ser concluído. Ou seja, as armadilhas táticas devem ser aplicadas para se concluir um plano ou para improvisar outro!

Esta é uma das lições importantes que aprendi no LOCKING CHESS.

Devemos aprender a antecipar os lances e planos de nosso adversário (ação profilática) e ser capaz de fazer a transição para uma posição futura.

Agora, se podemos seguir um plano, então podemos criar outro plano paralelo a ele e assim por diante.

Eis a METAESTRATÉGIA MATRIOSKA!

Aprendendo a antecipar os lances dos adversários e desenvolvendo nossa mente para mover as peças certas mais cedo (daí a importância do desenvolvimento rápido na abertura), perceberemos primeiro o plano deles e camuflaremos o nosso dentro de um plano falso. Eventualmente, se aprendido corretamente, saberemos detectar os hábitos e padrões de lances do adversário mais cedo e também a impressão geral do plano dele e o que aquele padrão se tornará. Mas, ao contrário dos jogos de carta como o Pôquer, em partidas online não há como analisar a linguagem corporal do nosso adversário. Porém, há como detectar os padrões de lances dele que sempre se revelarão no tabuleiro. Decifrar estes padrões requer um método diferente de analisar posições e calcular os melhores lances para ambos os lados. E este algoritmo já existe (mais sobre essa nova teoria no LOCKING CHESS MANUAL TÉCNICO).

No caso especial de LOCKING CHESS, o enxadrista também deve se concentrar em antecipar a jogada do adversário e a próxima o máximo possível para não se atrasar e os problemas se acumularem. Em outras palavras, equivale a arrancar o mal pela raiz! Se permitirmos que o adversário ganhe impulso para nos atacar, na maioria das vezes ficaremos perigosamente na defensiva. Mas se atacarmos com muito ímpeto, poderemos ser punidos no processo…

COMO RESOLVER ESTE DILEMA?

Os grandes enxadristas detectam o padrão dos lances do adversário cedo o suficiente para fazer algo a respeito e movem suas peças em uma ordem diferente da esperada, mas com base nesse padrão, onde eles se antecipam ao lance do outro e planejam para neutralizá-lo antes que seja tarde demais.

Por isso, LOCKING CHESS é o exercício ideal para desenvolver essa habilidade de “atacar no futuro” (aliás, um dos “truques” permitidos e incentivados no xadrez!). No entanto, nos modos blitz, bullet e hiper/ultra-bullet, os enxadristas iniciantes e intermediários focam nas coisas erradas, como quem faz mais “premoves” e tem o tempo de reação mais rápido, em vez de ajudar uns aos outros a desenvolver suas mentes e habilidades para evoluir e poder enfrentar e vencer Grandes Mestres e até engines. Muitos enxadristas não elevam o seu rating nas partidas pensadas e nem se aprofundam nas suas pesquisas e estudos em consequência deste vício na adrenalina…

Há uma estimativa de cerca de 605 milhões de pessoas em todo o mundo que sabem jogar xadrez. 7,5 milhões são filiadas a uma das federações nacionais que existem em 160 países em todo o mundo.

E quantos Grandes Mestres de xadrez existem hoje?

Menos de 2 mil…

Milhões de enxadristas não estão conseguindo os resultados que desejam neste esporte da mente porque estão limitados a decorar e preparar dezenas de aberturas, repetir centenas de temas táticos e solucionar milhares problemas de mates em 1, 2, 3 ou mais jogadas…

Enquanto isso, aquelas raras crianças-prodígio e jovens privilegiados com uma memória fotográfica absurda e horas livres de sobra para treinar com as engines sempre continuarão na vantagem…

Graças à análise de partidas com um fluxo contínuo de lances bem calculados — e tanto as partidas entre as engines quanto as com 100% de precisão dos Grandes Mestres são excelentes modelos para estudar —, você pode decompor aquelas estratégias magistrais para contextualizá-las e, ao reencená-las, você entenderá o que precisa desenvolver em sua mente: a capacidade de esconder um lance dentro de outro lance e assim sucessivamente…

E para isso, aprenda a “blefar” e a não cair nos “blefes” do adversário.

— “Como BLEFAR no tabuleiro?”

Muitos treinadores e livros de xadrez ensinam como visualizar lances à frente e memorizar linhas derivadas das aberturas por repetição. Poucos focam em como essas aberturas e sequências memorizadas de lances desenvolvem a mente dentro da cadência dinâmica e criativa do xadrez. Mesmo os melhores enxadristas, quando disputam partidas rápidas, têm o seu desempenho reduzido, perdem oportunidades, e não cometeriam tantos erros e gafes se tivessem mais tempo no relógio. Em resumo, todo lance que ameaça capturar uma Dama, por exemplo, ou uma combinação inesperada de xeque, desperta medos irracionais na maioria dos enxadristas e pode ser considerado um blefe. E não há treinamento suficiente na literatura atual do xadrez sobre como a mente funciona para desenvolver o nível de controle emocional necessário caso você cometa um erro e precise mudar urgentemente os seus planos para ainda ser capaz de se recuperar e tirar proveito daquela ameaça.

Felizmente, com a teoria matemática inédita idealizada pelo Mestre Internacional polonês Andrzej Szypulski para analisar friamente as posições mais complexas e calcular os melhores lances e estratégias, este conhecimento está acessível para todos os Membros ROYAL do nosso CLUBE!

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